sábado, 19 de março de 2011

Meditando 2

Há muitos textos que se assemelham em conteúdos, explicações, metodologias no que se refere à mente. Ainda assim, a mente é objeto de muito estudo e experimentações. Existem muitos tipos de meditação. Você pode meditar de olhos abertos ou fechados, em qualquer lugar e quando quiser. Buscamos o silêncio, preenchido de prazer suprassensorial, ou como dizem os indianos, a busca do samadhi. Não vou dizer para vocês que seja fácil acalmar, organizar e estabilizar os pensamentos; nem mesmo dizer que quando medito, entro num estágio elevado, em profundo silêncio. Nem sempre é assim. Muitas vezes, pensamentos do dia, problemas ou preocupações me puxam, atrapalhando a concentração. São chamados pensamentos inúteis ou comuns.
Uma sala limpa, bem ventilada, organizada (com som, luz, incenso, etc), tudo isso ajuda...mas não é o principal. O importante é ter SIMPLICIDADE. Ter PACIÊNCIA. Criar o HÁBITO. Ter POSTURA MENTAL. Ajuda também meditar em grupo? sim, a vibração estará sendo criada em conjunto. Às vezes, quando estou ouvindo um palestrante, percebo que estou num estado próximo ao meditativo: parece uma doce música, que me embala e me transporta. Tenho essa experiência algumas vezes ao ouvir Peixinho falar. (Tenho que fazer referência a ele, por favor, não enjoem...). Uma vez, já tínhamos meditado por uma hora, no grupo de Educação Psíquica, quando ele chegou com mais 5 pessoas do outro grupo e juntou-se a nós, somente para os relatos. Incrível, o nível de energia, de vibração. Ele começou a ler um texto, e eu, novamente,entrei em meditação. Viajei!!!! Com isso tudo, quero dizer que há pessoas que naturalmente emanam uma paz, uma positividade, uma vibração, que parece nos ajudar a mergulhar nesse outro mundo. Podemos mudar a nossa percepção e usar a nossa capacidade de forma consciente, útil e mais inspirada.

Abaixo, trechos de um texto de André Luiz Peixinho, que ratifica o texto da postagem anterior "Meditando..."

VISÃO ESPIRITUAL DA MENTE

O corpo físico é considerado uma rede biológica dirigido pela atuação da mente em interação que transcende as pesquisas orgânicas tradicionais. Podemos caracterizá-la como o campo da consciência desperta na faixa evolutiva que o ser opera. Nos seres primitivos ela se limita a sensações e instintos. Avançando da animalidade para a humanidade, eleva-se à condição de inteligência e assimila valores que a vida oferece no incessante labor evolutivo. Aos poucos, emerge de um passado obscuro para agir em zonas de sublimação, onde experimenta novas modalidades de percepção, como a intuição e a integração mística conforme afirmam as criaturas que mais se aproximaram de Deus.

Nossa mente se conduz na prática cotidiana como um espelho dinâmico, com competência para realizar absorções e exteriorizações. Nela se processam os fenômenos da criação e desenvolvimento, nutrição e transformação. Assim, criamos num “campo de pensamento” em que vivemos imersos e configura nosso hálito mental, ou ambiente psíquico que nos é próprio. Este campo independe dos centros nervosos, e na verdade condiciona o seu funcionamento, pois os fenômenos da vida orgânica lhe são subordinados.

Em função do nosso hálito mental, estabelecemos nosso sistema de comunicação com base no princípio da afinidade ou da sintonia. Assim, influenciamos e somos influenciados pelas ondas de pensamento, naturalmente permeadas pelo sentimento que lhe é peculiar, que emitimos ou recebemos. E expressamos tal fenômeno em palavras e atitudes, exemplos e atos. É da lei de sintonia que sintamos mais alegria no contato daqueles que permutam valores mentais de qualidades idênticas e sintamos maiores dificuldades de conviver com pessoas e grupos que se distanciam do nosso círculo de pensamento. É que estes convívios propiciam às criaturas afins um alimento sutil que é chamado de vibrações compensadas.

Nossa vida invisível decorrente dos fenômenos mentais é intensa e significativa. Do estágio evolutivo de nossos produtos mentais decorrem fenômenos de qualidade variada. Como somos egressos de um passado de grandes lutas de destruição, de ignorância e de indiferença, registrados nos recantos inconscientes da mente, podemos mais facilmente nos conectar com campos mentais similares e verificarmos no painel da nossa imaginação quadros vivos com este teor, ou ouvirmos vozes inarticuladas nos concitando a agir desta forma com sugestões degradantes.

Nosso esforço mental, entretanto, pode ser dirigido para zonas superiores de idealismo, expressos em atividades renovadoras do clima psíquico humano. Assim procedendo, produziremos por ideoplastia em nossas telas psíquicas, motivos de felicidade, de bem-estar e de confiança, e a harmonia se estabelecerá na intimidade do nosso mundo subjetivo. Se não desenvolvemos uma vontade firme e adequada como gerente da nossa vida mental, somos conduzidos ao sabor das circunstâncias psíquicas nos grupos que nos relacionamos. É por isso que percebemos nas relações sociais a existência de pessoas que oscilam frequentemente, com naturalidade, entre o bem e o mal, a fé e a descrença, a alegria e a tristeza. Atuam como absorventes do ambiente psíquico, teleguiados pela tendência predominante, como se fossem executores escravos da vontade alheia.

Cada alma, portanto, vive na atmosfera mental que estabelece para si mesma. Ainda assim, submetida às leis de afinidade que presidem o destino, porque já adquiriu a liberdade de escolha, pode recriar seu campo psíquico e crescer nos valores universais da beleza, da bondade, da verdade e da justiça.

Do modo como pensamos, construímos nosso futuro e determinamos nossas companhias.

A atividade mental faz a diferença.

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